Revista Clitoris e aquele lance
do "Faça você mesmo"
Pode crê, saiu a terceira edição da Revista Clitoris, seria redundante dizer essa como as duas ultimas tá foda, mas eu gosto de ser reduntante: tá foda, du caralho e da buceta também. Nessa edição a Revista conta com os seguintes colaboradores:
Adriana Brunstein, Adriana Gehlen, bruno bandido, Diego Moraes, Francyne R. Nunes, Leandro Afonso Guimarães, Laro Arias, Leo Curririm, Ricardo Carlaccio, Camila Fraga (a editora da parada) e tem mais um conto vagabundo meu por lá.
Lendo a parada (que como já disse, tá foda) me peguei viajando nos tempos em que eu fanines, enviava por carta pra alguns camaradas e também recebia vários. Não sei as coisas eram realmente mais difíceis, talvez fossem diferentes apenas, tanto faz. A gente fazia fanzines e vendia nas festas, era legal, a gente se sentia "fazendo" algo em prol da revolução.
Hoje é diferente, não recebo mais fanzines pelo correio, não acredito mais naquela revolução lá, escrevo nesse blog. Hoje é diferente, escrevo coisas de quem já não acredita em muita coisa, de quem entendeu que revolução é um troço que se faz (ou acontece?) quando se está junto. Coisa de quem sacou que o ser humano é sozinho e sociedade, viver em sociedade, é mais uma espécie de mentira que com o tempo se tornou verdade. Tamô aí, na era da tecnologia, das redes sociais. Mas quer saber, não mudou muita coisa não, fanzines se tornaram blogs e revistas eletrônicas. Tem gente que ainda manda cartas, tem gente que ainda acredita de verdade na revolução, tem mais gente no mundo que naquele tempo. Tá tudo certo, o mundo continua errado como sempre, algumas pessoas continuam buscando fazer por si sós.
Escrever pra Clitoris meio que me devolveu um troço que sentia quando ia mandar um poema panfletário pra algum fanzine possivelmente publicar. Tá certo que hoje é diferente. Hoje me sinto mais como o velho Buk escrevendo praquele jornal undergrowd onde ele mantinha a coluna "Notas de um velho safado". O que vem a ser uma puta sensação boa, momentos parecidos com paz nesse mundo de merda. Agora é esperar pela próxima edição.
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