Sapos nunca serão príncipes - mais uma novelinha vagabunda

Mais uma das minhas novelinhas sobre sujeitos esquisitos que sempre andam do outro lado da rua, bebem sozinhos e forjam esperanças de meio-fio, numas de fazer com que o dia amanheça menos melancólico. Pra protagonista, escalei mais uma vez o Felini, personagem do meu último romance (Gatos no cio não pedem perdão), um escritor meio bêbado, meio carente, meio ingênuo que sonha em descolar uma garota bacana, disposta a ficar do seu lado sem encher muito o saco. Enquanto isso não acontece ele vai escrevendo, sobre sua vidinha meio termo, seus relacionamentos com prazo de validade..

Dessa vez o nosso Felini aqui, tá numas de não escrever mais, nunca mais, tá fudido, derrotado, beijando a lona... daí aparece uma pequena diaba em forma de mulher, tipo essa aí com quem ele tanto sonhava, eis que surge, Alice, tentando lhe devolver algo há muito perdido, tentando fazê-lo escrever uma página que seja, tentando transformar seu mundinho de merda no país das maravilhas, tentando transformá-lo no príncipe da sua vida. É claro que isso não ia dar certo. Sapos nunca serão príncipes, não que eles de fato quisessem ser, o caso é que seguir cometendo sempre os mesmos erros, não é algo a ser louvado, às vezes é triste pra burro, às vezes a gente quer acertar, uma vez que seja.

Paralelo a isso, há alguns fragmentos de histórias de alguns escritores, digamos que seja uma espécie de homenagem (do Felini e minha também pô) aos grandes que nunca escreveram contos de fadas.  

É isso, pra quem for afim, tá legal pra caralho...

...quer dizer, pra falar a verdade o livro num é grande coisa, é só mais uma novelinha vagabunda mesmo, os mesmos semi-clichês, sem final surpreendente ou coisa que o valha.

Bem, de qualquer forma eu ainda acho que cê devia comprar.

BAR editora

Formato Pocket

70 páginas

$10 pila + frete