...não dá a mínima
pra minha grana amassada no balcão, devolve trocos omitindo centavos. Rabisco
poesia ruim nos guardanapos e forjo planos irrealizáveis. Sigo engordando, duas
coxinhas e um risólis. Minhas unhas
grandes nos pés. Esfirras e croquetes, molho de pimenta nuclear, ardido pra
caralho, maionese em sachês deprimentes, difíceis de abrir. Duas Cocas
encarreiradas, sem copo ou canudo.
Ela nunca me olha,
eu nunca desisto.
- Um quibe, quanto
dá? Qual seu nome?
Mais um blefe
certeiro. Ela me disse que não dava. Só recebia.
- Seis reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário