quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A menina da lanchonete...

...não dá a mínima pra minha grana amassada no balcão, devolve trocos omitindo centavos. Rabisco poesia ruim nos guardanapos e forjo planos irrealizáveis. Sigo engordando, duas coxinhas e um risólis.  Minhas unhas grandes nos pés. Esfirras e croquetes, molho de pimenta nuclear, ardido pra caralho, maionese em sachês deprimentes, difíceis de abrir. Duas Cocas encarreiradas, sem copo ou canudo.
Ela nunca me olha, eu nunca desisto.
- Um quibe, quanto dá? Qual seu nome?
Mais um blefe certeiro. Ela me disse que não dava. Só recebia.

- Seis reais.

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