Foi em 2008 que
publiquei meu primeiro livro. Lembro da ansiedade toda, essa sensação de tá
fazendo algo grande. Os amigos por perto. A coisa toda. De lá pra cá as coisas
foram simplesmente acontecendo. Tranquilas. Quer dizer, a ansiedade toda, a
sensação de tá fazendo algo grande, havia dado lugar a algo comum, rotineiro.
Criei o selo BAR editora e aprendi (toscamente) todas as etapas de produção de
um livro. Segui editando meus trabalhos, inventando festas malucas de
Lançamentos onde eu pudesse tomar umas cervejas com os amigos. Sem ansiedade
alguma, sem qualquer pretensão de ser ou fazer algo grande. Assim, sete anos se
passaram.
E agora tô com esse trampo novo. É o
meu décimo livro. E a edição não vai ser da BAR editora. Vai sair pela Editora
Kazuá. Então, eu queria agradecer ao pessoal todo, que leu meu livro
e tá apostando nele, e ouviu minhas opiniões desde a primeira conversa até o
dia em que o arquivo foi pra gráfica. Quero agradecer também a Raquel
Wohnrath que revisou o
livro com o mó cuidado e todo talento que ela tem pra coisa. Hoje é aniversário
dela, daí eu aproveito pra dizer parabéns e constrangido (por estar em público)
que amo essa garota. Agradeço o Marcelo
Bonilha que fez essa
ilustração fudida pra capa. Fez exatamente como eu imaginava quando pedi pra
ele. E foi ele quem fez a do meu livro anterior o “Num dá pra apagar os riscos
dum disco furado” e eu ainda tô devendo uma grana pra ele por isso. Mas ele
sabe que uma hora isso vai acontecer. Quero agradecer o Diego
Moraes, poeta fodão que escreveu a orelha sobre o livro. E ele
também tá lançando trampo novo, o cara é foda. Agradeço o Bruno Goularte (Bruno Bandido) que escreveu o
prefácio (escreveu o do Diego também e do meu primeiro romance, o “Gatos no cio
não pedem perdão”). O Bandido saca o meu trampo, acho que é um dos caras que
mais saca, porque o que ele escreve é certeiro, é sobre aquelas coisas que só
quem lê e se identifica consegue sacar. Agradeço o Ubirathan
Do Brasil, meu parceiro e cúmplice, poeta maluco que escreveu a
orelha “sobre o autor”, não tinha como ser outra pessoa. O texto de contracapa
é da Fernanda Ribeiro
de Lima (Fernanda
D'Umbra). Queria que ela soubesse o quanto eu sou honrado por ter um texto dela
no livro. Por numa noite aqui em Rio Preto ela ter dito “Vamo, lançar seus
livro em São Paulo”. E agora eu tô indo pra lá. Daí quero agradecer o Mário Bortolotto que por sua literatura e música é o
cara que mais me influenciou (digo sem a menor vergonha). Eu era só um
estudante de História desiludido, um carinha no interior do Mato Grosso do Sul
escrevendo poesia sobre a revolução. Daí entro num grupo de teatro da
universidade que aPaula Zahirah dirigia e ela tá montando o “Fuck you
baby” do Mário. Foi foda. A gente até conseguiu levar ele pra lá um ano depois
pra trocar uma ideia sobre teatro, literatura, cinema e tudo o que ele faz.
Lembro quando caiu na minha mão o “Bagana na chuva”. Foi nesse momento que eu
pensei “Pô, é isso que eu quero fazer”. Quero agradecer o Mário, porque tô indo
lançar o livro lá no espaço que ele mantém junto com outros Brothers, que é o
Teatro Cemitério de Automóveis, e o Tarcisio Buenaso
que é o dono da Livraria Buenas
Bookstore. que fica no
teatro. E o Fabio Brum que todas as vezes que a gente se
trombou, falou “Cê tem que vir pra São Paulo, caralho”. Tô indo, pô!
Também quero agradecer meus pais, Irene
Felix e Osmar
da Costa. Por terem entendido quando eu larguei faculdade e emprego
e resolvi que ia fazer as coisas do meu jeito.
Sei lá. Parece que tô sentindo aquelas coisas de novo. A
ansiedade toda, a sensação de que tô fazendo algo grande. Talvez por isso tô
lembrando dessas coisas agora. Talvez porque tá chovendo lá fora e eu percebo
que nunca acreditei em fazer as coisas de outro jeito.
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