...é, eu gosto dessa
menina. Cheguei a essa conclusão e mais, nunca vou perguntar seu nome. Não
quero saber. Prefiro pensar que talvez seja Carol, Camila, Jéssica... Esses nomes que me fazem
pensar em colegiais dentro de jeans estrategicamente rasgados em lugares que
acabam com os meus dias. Almas extasiadas transbordando de uniformes brancos,
chicles e clichês, sorrisos satânicos que me fazem um bosta com essa sensação
de barrado na porta, expulso do bar. Ela caminha de modo a me ofender a alma.
Solta os cabelos pra depois prendê-los novamente – e essa sensação de
ex-presidiário, ex-escravo, ex-amigo – sua nuca é qualquer coisa sagrada excomungando-me
de possíveis paraísos, limbos, purgatórios e afins... sua nuca é algo além do
bem e do mal, além de Nietszche. Por Deus, sua nuca é algo que devia ser
mantido em sigilo, guardada ao lado de troços nucleares. Essa sensação de que
morrer não dói e ela se vira, me encara, quase sorri, vem anotar o meu pedido.
Meu mundo em cacos.
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