sábado, 15 de outubro de 2011

Toque de recolher

Noite besta a de ontem. Fiquei em casa, fingindo rever cenas de filmes que eu já vi tantas vezes, escrevendo merdas indignas de serem lidas. Num comprei bebida. Não que eu teja reclamando, foi uma espécie de escolha, ando meio cansado da rotina dessa cidade: vender livros por aí, depois ficar na frente do mesmo bar de sempre bebendo em copos plásticos, angariando possíveis aventuras dignas de serem chamadas aventuras, não que elas não aconteçam, talvez seja esse o problema. Até liguei pros amigos, numas de evitar o inevitável, mas os sacos dos meus amigos tão muito mais cheios que o meu. Voltei aos discos de blues madrugada adentro, uma velha receita que sempre deu resultado, mas não dessa vez. Saca cigarro quando chega no filtro? Esse era eu junto das bitucas caídas fora do cinzeiro. Meu tempo nessa cidade se estendeu demais, tô há tempo demais por aqui, o que pode ser um erro, apesar dos amigos. Às seis da manhã baixei um pouco o som, desliguei a tv há muito sem volume e deitei pra rolar no colchão, por sorte dormi antes das oito e lembro de ter pensado que numa hora daquelas, uma garota de sorriso mais que bonito devia tá dormindo. Desejei que tivesse bons sonhos.

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