Uma amiga me liga um tanto impressionada depois de ver um documentário sobre a desgraça que é a humanidade, reclama um pouco e a gente se despede. Nunca fui bom com essas coisas de conversas por telefone, fico com o fone pregado no ouvido, olhando pro nada, às vezes me distraio, mesmo com ela com quem me sinto a vontade pra caralho.
Fiquei pensando depois, na merda toda, incomodado, porém resignado. Eu já quis mudar o mundo, eu tinha planos pra isso, mas com o tempo fui sacando que o mundo são as pessoas, eu não posso mudar as pessoas. Penso em parar de fumar, fumo enquanto penso. Não tenho nada na vida, além de umas caixas guardadas na casa dessa amiga, com livros e cds e dvs, a maioria piratas, alguns amigos e uma vontade filha da puta de que as coisas fossem diferentes. Mas elas não são.
Foda.
ResponderExcluirElizabete
é foda, Elizabete.
ResponderExcluirEssa vontade filha da puta de que as coisas fossem diferentes me atormenta pra burro, Kleber. Enfim, com poucas coisas - livros, cds, dvds, algumas roupas, entre outras simplicidades mínimas - temos que seguir, não há lá muitas escolher, eu acho.
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