segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Debaixo da ponte


Hoje acordei com uma canção da genial Etta James na cabeça, ouvi repetidas vezes antes de deixar o disco rolar inteiro e depois ouvi Ella Fitzgerald e Bassie Smith e Nina Simone e fiquei pensando numa amiga, coisas além-amizade, procurei uma foto sua e me masturbei. Li uns poemas da Luana Vignon e umas opiniões sobre coisas banais duma gostosa capa da Playboy e um email bacana que uma garota me enviou dizendo que gostou do meu livro e que a gente podia tomar uma cerveja qualquer dia. Esses dias uma outra veio me dizer que achou meu livro pornográfico, eu disse pra ela que pornografia era outra coisa, ela disse que ficou excitada e nessa hora chegou uma amiga dela e ela fez a propaganda “amiga compra esse livro, é demais!” aí eu disse, pra amiga, “Essa maluca disse que se masturbou me lendo.” E nós três rimos e a amiga comprou o livro e prometeu gozar e eu fui pra outra mesa pensando que eram garotas legais e que garotas legais tem se tornado uma raridade na minha vida de escritor-ambulante, tirando as cantoras de jazz e blues e as escritoras e essa amiga que me faz gozar sozinho, não tem havido mulheres na minha vida, o que num é saudável, tá certo, como disse o velho Hank: “muito cara legal foi parar debaixo da ponte por causa de uma mulher”, mas porra, sem elas, onde é que vamos parar?


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